quinta-feira, 21 de maio de 2015

Os primeiros sintomas

Ao nascer, Taymara foi considerado um bebê saudável. Logo nos primeiros momentos Fátima, a mãe, notou que a menina chorava muito ao mamar. O que era bem estranho, pois ela sempre tinha muito leite. Na primeira consulta médica, o pediatra afirmou que era normal dizendo que as mães costumam demonstrar certa insegurança no primeiro filho e não no segundo como Fátima fizera.
A mãe resolveu então  comentar algo que achou estranho, Taymara não chorou no teste do pezinho, o médico deu risada e por terem muita liberdade brincou dizendo: "E ai, Dona Fátima, está procurando pelo em ovo?" ela respondeu: "Não! sabe muito bem que tenho seis sobrinhos e um filho, todos eles seus pacientes, e todos choraram no teste, a Taymara é um bebê esquisito".
E assim seguimos em frente, a mãe foi percebendo que desde pequena, a menina demonstrava muita irritabilidade, sempre chorando e regurgitando, e não ganhava peso. O pediatra acabou pedindo um ultrassom abdominal e constatou-se que a passagem do esôfago para o estomago estava aberta, o que justificara os vômitos. Com o passar dos anos, a menina passou a reclamar de fortes dores abdominais, dor de cabeça e forte tontura, que curiosamente, piorava muito ao andar de carro. Mais uma vez o pediatra pediu vários exames, não encontrando nenhuma justificativa plausível.
Notavam-se alterações de humor, o que para muitos era somente gênio forte, ou má educação. Fátima, como mãe, sentia que havia algo errado, então decidiu recorrer a tratamentos medicinais alternativos, pouco utilizados naquela época, como acupuntura a laser. Os sintomas foram se agravando e a mãe achou que frequentar a escola desde os três anos e meio, iria torna-la mais sociável. Era obrigatório prender o cabelo, o que levou a mãe a perceber que tinha algo muito errado, pois chorava muito reclamando de mal estar na cabeça diariamente. Iniciou-se uma busca por respostas, oftalmologistas, neurologistas, e etc.Todos os exames eram considerados normais.
 O mais assustador é que muitos anos depois, a mãe descobriu que sua inquietação era digna de razão, pois a principal característica da Neuropatia Sensitiva Autonômica Hereditária (HSAN), é não ter lágrimas.
O HSAN é uma doença genética, por isso os exames convencionais, não indicavam nenhuma alteração relevante.

Continua...

4 comentários:

  1. Confie em Deus. Ele não falha!
    Fui diagnosticada com AAS, há 5 anos. Passei por momentos difíceis. Tratamento com remédios fortes. Mas não foi o suficiente. fui encaminhada para a fila de espera, por um transplante de medula óssea. Após algum tempo, acharam uma medula óssea 100% compatível comigo. Fui submetida a quimioterapia. Depois, ao Transplante de Medula óssea. Foi complicado, mas passei. Hoje, estou totalmente recuperada, graças à Deus! É necessário passar pela mão de médicos, tratamentos, etc. Mas sei que nossa vida está na palma das mãos de Deus, e nada foge do controle de suas mãos! Em tudo Ele tem um propósito, basta entregarmos nossas vidas completamente à Ele, e confiar!!!

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  2. Muito obrigado pelas palavras Priscila. Sabemos que Deus está sempre olhando por nós e que ele tem algo muito bom reservado. Muito obrigado pelo seu testemunho

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  3. Minha lindinha, eu ainda não te conheci, não sabia de nada disso , mas acredito muito na força do amor, no poder da união e na fé em Deus que faz sempre o impossível, por isso tudo pode, nossas cruzes cotidianas são apenas circunstâncias e quanto mais pesada for, mas especial vc é pra Deus, portanto creia,não desanimem, continuem lutando e o vosso testemunho de vitória vira sempre a cada etapa, a cada transformação em que a dor e o sofrimento nos transformam com muito mais eficácia e verdade do que qq outra vivência contrária, tenho certeza disso, vcs vivem para o melhor de Deus, a verdadeira alegria, o verdadeiro amor,muitos beijos e abraços a todos vcs primos queridos e a minha profunda gratidão por saber que os vossos acertos
    e a vossa coragem deixaram créditos de amor e caridade por mais oito gerações, vencendo toda a força contrária que possa existir em nossa família, obrigada pela herança que estão deixando. Maria Elisa Silva Bragança

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