Fomos até a cidade de Santa Rita do Passa Quatro, onde nos indicaram um local de cura. Nos estabelecemos em uma pequena pousada afastada da cidade. O local era aconchegante, haviam pequenos chalés, era tudo bem rústico, ambiente bem interiorano. Ficamos um pouco chateados porque os chalés eram um pouco distantes uns dos outros, e a noite, era um verdadeiro breu. A única iluminação eram as estrelas do céu mas, naquela noite especificamente, elas não estavam brilhando.
Resolvemos sair do nosso chalé e ir até o da Cristiane. Todos estavam morrendo de medo mas, tentavam não demonstrar. Ao batermos na porta Cristiane gritou, levou o maior susto. Ficamos um tempo juntos mas, com o passar das horas surgiu um outro problema, como voltar ao nosso chalé naquele breu em plena madrugada? Fomos correndo enquanto Joaquim tirava sarro da nossa cara.
Ao amanhecer, abro a porta e dou de cara com um enorme sapo e várias galinhas de angola. Me assustei com o sapo pois, ele estava bem na entrada e nem Cristo, tirava ele dali. Tivemos que pular por cima dele para irmos tomar nosso café.
Nisto vejo Joaquim, Cristiane e Igor, não havia mais nenhum hóspede na pousada, só nós, e os bichos é claro. Os três iam a frente e nós vinhamos logo atrás, quando Joaquim, ao se deparar com um Ganso, advertiu: "Cuidado, esses animais são perigosos".
Cristiane apertou o passo e eu comecei a gargalhar. Escuto a voz do Pinho: "Ganso ataca, melhor andarmos depressa". Mas, eles estavam de costas, em tese, não havia perigo. Porém, do nada um deles se virou, fez um som estranho, se enfureceu e foi aceleradamente em direção a Joaquim. Desesperado, ele gritava: "Xô, Xô". Cristiane gritava: "Vocês só me arrumam confusão, se esse bicho atacar meu filho, mato vocês".
Bando de Gansos que nos atacou
Os Gansos traçaram uma verdadeira estratégia de guerra e se dividiram. alguns atrás de Joaquim, Cris e Igor, e os outros, atrás de nós. Precisávamos chegar a entrada do restaurante mas, não sabíamos onde era. Os Gansos iam se aproximando passo a passo e nosso desespero só aumentava. Um dos funcionários da pousada falou: "Acalmem-se eles são mansos, só não conhecem vocês". Nisso, finalmente achamos o portão de entrada do restaurante, todos adentraram, menos eu e Taymara que caminhávamos lentamente. Os Gansos chegaram até nós, me abaixei, peguei uma pedra e o homem da pousada gritou: "Não senhora, não faça isso". Me postei na frente da Taymara para protegê-lá, enquanto eu gritava com os Gansos, Joaquim e Felipe voltaram correndo para buscar a Taymara, que mal andava. Virei uma leoa, a minha filha eles não iriam atacar. Acho que foi o homem assoviando e chamando. Mas, me lembro bem que eu estava com os braços levantados gritando: "Daqui vocês não passam". Não sei bem se foi minha cara de má ou o chamado do funcionário da pousada mas, os Gansos recuaram e finalmente, pude respirar aliviada. Depois disso, passamos o belo dia de sol curtindo a piscina, voltamos aos chalés, fomos tomar banho e de repente ouvimos os gritos de Cristiane: "Socorro, socorro, um sapo, socorro." Neste momento surgiu o super herói da família, Felipe, carregando sua arma mortífera, um garfo de cozinha. A luta para espantar o sapo foi épica, digna de filmes de hollywood, Felipe parecia estar lutando esgrima, com o sapo, que na verdade era um pequeno girino. No fim, Felipe espantou o bicho.
Depois desta incessante batalha entre homem e animal, fomos todos ao local de cura indicado, fomos muito bem recebidos, não obtivemos êxito mas, pelo menos, saímos com paz no coração.
Ao chegarmos a Santos, recebo uma ligação, era Cristiane do outro lado da linha. Aflita ela dizia: "Nunca mais vou voltar lá. Tem um sapo nojento na minha mala. Será que o Felipe não pode vir me salvar?" Não foi preciso, os berros de Cristiane foram tantos que o sapo saiu saltitando pela janela. Mais uma história maluca dentre tantas pelas quais passamos.
Taymara bela e sorridente, descansando na rede
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK muito legal adorei !!!
ResponderExcluirUma aventura não é, Neli Fajardo? Demos muitas risadas
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