quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cérebro autônomo

O primeiro diagnóstico de Taymara foi dado por uma médica que vinha a Santos apenas uma vez por semana. Ao fazer o tilt-test, ela teve uma sincope. Muitos médicos não tinham ouvido falar nessa máquina e praticamente todos, inclusive psicólogos e psiquiatras consideravam o diagnóstico de disautonomia vaso-vagal. (Uma doença que causa o desequilíbrio entre os sistemas simpáticos e parasimpaticos na parte autonômica do cérebro) de fundo emocional. Como dito anteriormente neste blog, sintomas emocionais não se encaixam na personalidade de Taymara. Ao retornar à consulta com a doutora, ela explicou que a maioria dos médicos estavam  desatualizados quanto à existência dessa doença. Em algumas pessoas o emocional poderia até dar um clique mas disautonomia vaso-vagal é uma doença. Neste período, a mãe Fátima nem sonhava em acessar à internet para ler diagnósticos. Mas claro que a galera de plantão foi olhar, e veio cheia de razão dizer que disautonomia era causada por fundo emocional. Para Fátima mesmo que fosse emocional, teria que ser tratado. Foi assim que Fátima começou a afastar a família de sangue, pois nunca havia ouvido tantas besteiras. Foi dado início ao tratamento proposto pela doutora, tilt-training (exercícios específicos para habituar o cerébro as síncopes), as primeiras medicações para variação de pressão arterial e meia especial para comprimir os vasos sanguíneos das pernas, afim de otimizar o retorno venoso. Os sintomas só pioravam, após seis meses ela nos indicou um neurologista em São Paulo, o que causou desespero, pois a família não tinha convênio médico para pagar as consultas, Fátima não dirigi e também era enfermeira dos sogros doentes. Não havia condições de ir com ela de ônibus para São Paulo. O pai de Taymara estava trabalhando muito, alguém tinha que correr atrás do lado financeiro. Fátima decidiu que ninguém mais saberia de nenhum diagnóstico de Taymara. Foram períodos de angústia, levados na brincadeira, pelo menos na frente dela. Entramos nesse assunto pois a disautonomia vaso-vagal cerebral tem tratamento para seus sintomas. Sendo assim, muitas pessoas diagnosticadas com quadro depressivo, ou de bipolaridade, podem na verdade, ser portadoras de disautonomia. Nosso intuito é ajudar. Esta doença já é reconhecida pelo ministério da saúde e o exame é coberto pela maioria dos planos hospitalares. Fátima nunca procurou saber nada sobre a doença de algum outro modo que não fosse através do neurologista de Taymara. Muitas vezes diagnósticos descritos em sites da internet assustam e nem sempre são verdadeiros. 

                                O desequilíbrio do sistema nervoso autônomo causa a disautonomia

3 comentários:

  1. Graças as experiências vividas por Taymara e Felipe em outubro de 2014, apos exames e Tilt test meu diagnóstico foi fechado sou portadora de Disautonomia vaso-vagal, foi bem dificil no começo continuo em tratamento com remédios e exercícios, ainda afastada do trabalho e sem exercer minhas atividades laborativas, e em breve espero retornar encontrando a estabilidade.

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  2. Elide, nem fazia ideia... Mas Deus é sábio. Apesar das dificuldades e lutas, usou a situação da Taymara e Felipe para ajudar você. Deus abençoe!

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  3. É isso ai Elide. Bom saber que nossas histórias ajudaram você a chegar a um diagnóstico. Esperamos que elas possam ajudar também a outras pessoas que por infortúnio possam ser portadores dessa doença. Sempre lembrando que está,os disponíveis a tirar qualquer dúvida, seja via blog ou então através da nossa página na rede social facebook. Muito obrigado.

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